segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Pessoas & Lugares: Novo Livro de Eduardo Waack

Novo Livro de Eduardo Waack - Pessoas & Lugares
Um roteiro histórico, geográfico, sentimental e cultural: quase memórias

Imagem 1: Contracapa do Livro Pessoas e LugaresFonte: Disponível em < https://www.google.com.br/search? q=imagens+eduardo+waack+pessoas+elugares&safe=off&tbm=isch&imgil=idN2RnoycL30GM%253A%253BLi yuqvBUqZvYSM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fletrastaquarenses.blogspot.com%25252F2015%25252F10%25252 Fpessoas-waack-antonio-cabral-filho-rj.html&source=iu&pf=m&fir=idN2RnoycL30GM%253A%252CL iyuqvBUqZvYSM%252C_&usg=__YYu4kDU4TJQKZ38O9E9S-mGvzbo%3D> site



Aqui cabe o antigo verso: semel emissum volat irrevocabile verbum  tão logo pronunciada, a palavra voa irrevogavelmente (KIERKEGAARD, 1841).



INTRODUÇÃO:

A vida sem a arte e a cultura talvez não seja nada mais senão um amontoado de outras coisas que, aparentemente, valem a pena apenas enquanto são ou estão novas e moderna, uma vez que elas se tornam obsoletas tão logo são consideradas como “gastas”. Mas nem tudo nesta vida se gasta (ou desgasta) e deteriora. Nas palavras de simplicidade, carregadas com toda as suas abrangências e forças, de Eduardo Waack, além de demais palavras contidas no Jornal O Boêmio, trazem-se em si, sem dúvida alguma, um pouco mais dos valores imateriais (e fundamentais) que tanto nos ajudam na nossa caminhada por estas terras.
Em 2015, O Boêmio entrou em seu 25º ano de circulação interrupta na cidade de Matão, sendo também enviado aos mais distantes rincões do território nacional, do Rio Grande do Sul ao Amazonas. [...] Somos alternativos porque buscamos maneiras de sobreviver e divulgar ideias libertárias sem nos vender ao sistema ou deixarmos de lado os ideias que nos guiam e iluminam. Aqui não mentimos nem bajulamos! Mas precisamos da colaboração de todos: patrocinadores, leitores, assinantes e simpatizantes. Precisamos de crítica e doelogio(WAACK, 2015,p.79).

Ainda bem que desde os meus dezoito anos, aproximadamente, eu acredito ter a consciência de que, sim, existem outros valores e importâncias na vida que não são, exclusivamente, aqueles mensuráveis de formas monetária e financeiramente; uma vez que existem valores mais úteis e agradáveis que são entendidos como arte, cultura, boas filosofia de vida, bem viver, boas filosofia da natureza, bem conviver, & sustentabilidade, harmonia e equilíbrio, entre demais palavras com sentidos bem próximos a estes: no propagar de uma nova consciência planetária.
A respeito de sua consciência sobre o seu lugar no “mundo”, o movimento hippie foi um dos que trouxe um grande foco humanitário na questão da poluição, do consumismo e da necessidade da quebra do preconceitos e dos paradigmas que não cabem mais em um novo mundo mais global, amoroso e compreensivo. Seja isto, se dando no rever de velhos hábitos, ou revendo formas de se relacionar, ou mesmo reinterpretando a significância de conceitos como sucesso, conforto, liberdade e, em uma palavra, reinventando a “contemporaneidade”; ou seja isto com ações práticas, vivendo em comunidades harmonizadas com o ambiente, com casas (e comunidades, e, futuramente, quiçá, cidades inteiras) sustentáveis e ecológicas, com trabalhos que sejam integrados e harmônicos ao meio ambiente e etc. De um modo prático ou de outro modo se apresenta novasformas de estar no mundo: propaga-se, com isto, as novas ou readequadas maneiras de se ver e viver a vida.
  O jornal o Boêmio, desde a década de 1990 já aponta para a questão da vivência harmônica com todo o conjunto que se entende como o planeta Terra Vivo: a Gaia, ou a mãe natureza; os outros, a si mesmo e os antepassados (in memoriam); com os bons sentimentos; e etc.
Quando os hippies superaram a si mesmo, as suas mesquinhezes, suas cupidezes, e por fim, surgiu o New Hippie; onde o discurso do amor livre e do respeito à natureza não são apenas metódicos ou sintomáticos de demagogia; muito pelo contrário, o new hippie (novo hiponga) preocupa-se com estas questões, tal como com a qualidade de vida das novas gerações; preocupa-se com a questão da água, do lixo, do solo, da poluição, do respeito, enfim, de viver uma vida de um modo em que o planeta não se desgaste tanto (ou melhor – regenere-se) com a ação do homem em suas muitas formas de organização e convivência em sociedade.
Filosoficamente, por minha parte, acredito que se o Jornal (de Cultura Popular Independente e Evolucionária! - WAACK) O Boêmio fosseexatamente uma pessoa, era bem provável que esta pessoa seria um paradigma hiponga irretocável; um sedutor boêmio, com uma exata consciência de cada uma das reações possíveis à suas ações em sociedade.
Comecei a ler o Boêmio na virada do século XX para o XXI, e inclusive, participava com textos de opiniões polêmicos, que o editor do jornal, Eduardo Waack, gentilmente diagramava para mim, na forma da tipografia gráfica, aquilo que eu tinha datilografado em sulfite; de modo que se fosse tais textos do sulfite para o papel jornal; e ainda, recentemente, tive poesias minhas publicadas, mais uma vez, com muita gentileza da parte do poeta Eduardo, nas prestigiadíssimas páginas d’O Boêmio; só tenho agradecer isto e fazer uma pequena contribuição divulgando O Jornal O Boêmio, Eduardo Waack, o Livro “Pessoas & Lugares”, o site da Revista de os Jaivas; e etc.
Além de escrever livros, escrever e editar O Jornal Boêmio, de instruir-se e instruir aos demais, e de seus afazeres corriqueiros, EduardoWaack ainda é editor da versão (América) latina do site da revista de Los Jaivas; esperamos que o leitor possa também acompanhar esta postagem; e, se possível, as demais obras de Eduardo Waack.
Eu desejo desde já uma boa leitura, espero que eu tenha conseguido captar a atmosfera do livro de Eduardo para fazer esta resenha de modo apropriado a vocês, prezados leitores deste blog; tudo bem?
Sintam-se à vontade para comentar e para entrar em contato para saber maiores detalhes de como obter o livro físico;
Ou entre em contato se quiser assinar O Boêmio;
E, não deixe de conferir e visitar os links indicados ao final da postagem;
Obrigado por sua vista a este blog. Por compartilhar e por dedicar parte de seu tempo interagindo com este site. #Peace

Trata-se de um livro super atual sobre o Brasil, nossa memória, nossa cultura, nossa arte, nossas histórias e nossa gente. Uma história contada sobre a ótica da memória, da terra, da estrada e do pensamento.
Um livro muito bom de ser lido, de bela arte gráfica e de uma atmosfera totalmente equilibrada entre histórias e informações, entre detalhes, e arte & cultura.
Este post faz uma breve resenha deste Título: Pessoas & Lugares.

1. Das Viagens do Livro
O livro “Pessoas & Lugares” tem ótimos roteiros e detalhes sobre regiões turísticas deste nosso maravilhoso Brasil natural e quase que intocável pela civilização; além de também fazer comparações de diferentes épocas de visitações, dando ao leitor uma clara imagem da ação do homem na paisagem e no ciclo natural. Fornece ainda detalhes de pousadas, parques, pontos de suporte a turistas, e etc.
Nesta postagem destacam-se os seguintes conteúdo do livro “Pessoas & Lugares”, sobre os Lugares:
·       PELAS TRILHAS DA SERRA DA CANASTRA: texto que aborda viagens por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Narra uma aventura no Parque Nacional da Serra da canastra, encontrando a nascente do Velho Chico. “Conhecendo a nascente do Rio São Francisco, místico local onde o vento forte açoita e marca o rosto, os fantasmas gritam e ainda é possível avistas, com certa facilidade, animais silvestres ameaçados de extinção” (WAACK, 2015, p. 06). O texto apresenta ainda um belo panorama das cachoeiras e trilhas (e locais interessantes) da região, além de ressaltar características naturais da região, como as observadas pelo botânico francês August de Saint-Hilaire.

·       AS IGREJAS DE OURO PRETO: mais um texto impressionante de Eduardo Waack sobre Minas Gerais, com minúcias de detalhes sobre o aspecto histórico e cultural de Ouro Preto, e as obras de Aleijadinho; além de dizer sobre o Tiradentes, a Mina do Chico Rei; o vilarejo das Lavras Novas, o Pico do Itacolomi (um antigo quilombo) e etc.  

·       NAS CACHOEIRAS DE VISCONDE DE MAUÁ: narrativa de viagens envolvendo a localidade mística de Visconde de Mauá (a seis quilômetros de Maringá) – entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. “Desta vez, em plena era de Aquarius, nos hospedamos em Maringá, também dividida em dois pelo intrépido rio Preto, nascido no Pico das Agulhas Negras, na Serra da Mantiqueira, que desde 1937 é protegida pelo Parque Nacional de Itatiaia” (WAACK, 2015, p. 39).  Destaque ainda para o ressalte do contraste entre o natural e o produzido, manufaturado, dado pelo autor ao texto; refletindo-se pelas descrições dos pássaros encontrados na região e as modificações que a paisagem sofre em virtude da potencialidade turística.

·       A ILHA DO CARDOSO: fica na divisa de São Paulo e Paraná, uma bela região de Mata Atlântica. “Quem conhece a Ilha do Cardoso se admira com a quantidade de pássaros, flores e a enorme diversidade biológica do local” (WAACK, 2015, p. 64). Deve realmente se tratar de um lugar paradisíaco onde uma parte de nossas matas brasileiras originais, ou bem próximas das originais, ainda mostram toda a sua magnitude e exuberância enaltecedora-mente lindas.

2. Das Memórias do Livro
Imaginemos um pouco, quantas memórias não suportam o intelecto e o coração de um escritor? E de um poeta? E de um filosofo naturalista? De um artista? De um douto das culturas e do bem estar e cultivar?
Este livro é essencialmente memorial; além, claro, do conteúdo das “Pessoas & Lugares”.
Tal título tem muitas memórias, muitas!, muitíssimo importantes – esta redundância era de fato necessária: trata-se de como o próprio autor (Waack) bem sub-titulou, de umas quase memórias.
Nesta postagem destacam-se os seguintes conteúdo do livro “Pessoas & Lugares”, sobre as Memórias:
·       CANÇÕES DO FRONT: trata-se de um texto sobre o 1º livro de poemas individual publicado por Waack – Canções do Front. Publicado pela Editora do Escritor, fundada pelo escritor Benedicto Luz e Silva, este livro – Canções do Front – encontra-se a espera de uma nova edição, revista e ampliada. “Canções do Front não é apenas mais um livro de estreia, antes nos revela o início de um poeta” (Benedicto Luz e Silva, in Introdução Canções do Front).

·       RELEMBRANDO OLAVO PICCI: muito emocionante e empolgante o texto sobre o Olavo Benito Picchi, um dos mentores por trás do forma e de conteúdo-lógico d’O Boêmio, segundo o próprio editor, Eduardo Waack(2015). Olavo publicou seu primeiro livro em 1979; e ele era um próprio boêmio das noites de Matão; e ajudou Eduardo, por dois anos, na edição d’O Boêmio. Os dois foram vizinhos de chácaras, no bairro Boa Vista em Matão/SP. Curiosidades sobre o autor que se descobre lendo estas maravilhosas páginas, muito bem escritas. Texto em homenagem a este grande articulador cultural, artista e poeta que Matão presenciou. “A verdade é que ninguém escreve, seja poesias, contos, romances ou crônicas, para deixar seus textos adormecidos no fundo de uma gaveta” (WAACK, 2015, p. 44).

3. Dos Encontros do Livro:
Eduardo é um grande viandante, um grande errante deste nosso Brasil de meu Deus. Ele, por suas razões especiais, fixou-se em Matão há um tempo, mas nem por isto deixou de cumprir a sua função de caminhante com os ventos, em busca de melhores pores-do-sol, melhores paisagens, melhores harmonias, melhores sensações e sentimentos, enfim, na sua busca pessoal e intrínseca.
Em meio ao Caminho, existem os encontros, alguns são furtuitos, outros de destino; com sorte, em rumos eternos e imutáveis.
Nesta postagem destacam-se os seguintes conteúdo do livro “Pessoas & Lugares”, sobre as Pessoas:
·       ERICKSON LUNA, POETA DAS MADRUGADAS: o encontro de Eduardo e Erickson se deu em Olinda (PE), em 1987 e mesmo após 20 anos esta amizade ainda inflamava inspirações e opiniões. Luna nos deixou em 2007, mas a sua poesia permanece inabalada, graça a veracidade de seus ideais.

·       O CAPITAL, ANO 25: o jornal o Capital é editado por Ilma Fontes, a lendária literata e jornalista underground nacional (Waack, 2015).  Emocionante relato da época em que se recebia jornais por correspondência e de quando alegra-se a casa com o exemplar recém publicado, na chegada do malote dos correios.

·       CRONOLOGIA DE UMA SAUDADE (em memória de José Luiz Dutra de Toledo): é um texto que sinceramente merece muito ser lido, diz de muitas coisas, interpretei como que dizendo de uma amizade transcendental a tudo: ao riso, a utopia, ao que não veio. “O riso não veio / não veio a utopia / e tudo acabou / e tudo fugiu / e tudo mofou / e agora, José? (DRUMMOND DE ANDRADE, 1998, p. 21)

4. Das Poesias do Livro:
O livro todo em si é poético e culturalmente artístico ou artisticamente culto. Foi muito difícil selecionar apenas algumas partes, todo o livro é muito bem escrito e argumentado. Vale muito a pena ser lido, consideravelmente.
Nesta postagem destacam-se os seguintes conteúdo do livro “Pessoas & Lugares”, sobre os textos e poemas:
·       LOS JAIVAS E SUA MÚSICA UNIVERSAL: este texto foi recentemente publicado no site da revista de Los Jaivas, Brasil. Vale dar uma olhada, com certeza. Diz de conjunto chileno formado em 1963, com formação que alterou-se para superar as “baixas do tempo”, em texto apresenta momentos memoráveis da banda, como a apresentação para mais de um milhão de pessoas em Buenos Aires (na Argentina, 2010).

·       RECIFE 87: poema muito bem desenvolvido sobre a chuva, a forma e as pessoas da cidade. “anúncios luminosos / barro / a babilônia / leva doze e paga dez / não perca esta oferta” (WAACK, 2015, p. 21).

·       CONSIDERAÇÕES SOBRE O POEMA FANTOCHE: impressionante escrito de Eduardo sobre as ruas e a vida no Brasil da década de 1980 a hoje. Diz ainda de experiências de vida e impressões que nós, ditas pessoas normais, ou “de vez em quando sociáveis” temos dos outros, sejam os menos privilegiados ou aqueles que não se enquadram em nossos confortáveis estereótipos de existência.

·       Aos Novos Artistas: quem não conhece esta fábula moderna em forma de poema deve conhecer o quanto antes. “Pretendem ser artistas / mas nunca tocaram o pé à lama. Nunca / abriram os narizes e abertamente respiraram / o mau cheiro do outro” (WAACK, 2105, p. 05).

5. Da Impressão Geral do Livro
O Livro é muito bem confeccionado; é muito agradável de ser lido, ou mesmo de se folhear despretensiosamente (em busca de inspiração ou insights, por exemplo), pois tem muito boas ilustrações.
Existe todo um trabalho nas fontes das poesias e um trabalho com a disposição das poesias ao longo do livro, que tornam a leitura muito mais agradável. Assim, a lógica e o andamento do livro são os melhores possíveis;
Deste modo é que ele se apresenta: boa impressão, boa disposição do texto, boas fontes, bom tamanho das letras; e sobre as ideias do livro, são bem eloquente, elegantes, sustentáveis e muito éticas.
Contatos com o autor pelo e-mail: eduardowaack@gmai.com


Imagem 2: Eduardo Waack e a Capa do Livro Pessoas & LugaresFonte: Disponível em < process.com.br site <www. Process.com.br>


Palavras Finais

Eu quis selecionar apenas alguns trechos do livro para ser citado e analisado, apenas para que você leitor possa saber um pouco mais de que livro falamos, uma vez que intenção aqui não é a de dar todos os detalhes do Livro do Eduardo, não, mas apenas, de que você leitor possa se interessar mais pela literatura de Waack e d’O Boêmio. Assim foi muito difícil selecionar apenas alguns trechos pois toda a obra é maravilhosa, e também, pretendia-se não estragar a surpresa do leitor quando em contato com o livro físico em questão. Por isto, também, não foram ditas muitas informações sobre os conteúdos analisados.
A leitura nos mostra uma outra visão do Brasil, um contraponto àquilo que é visto nas mídias e é de opinião da grande maioria das pessoas, uma vez que o autor nos mostra uma realidade mais voltada as questões mais pessoais (íntimas e quase que intransferíveis – de tão pessoais – mas que o autor conseguiu nos repassar), questões mais de personalidade e de visão interna da realidade externa do mundo. Isto é, o livro é tanto de viagens externas, de paisagem, como viagens a personalidades, a pessoas, a encontros, circunstâncias e etc. E este é um ponto de grande destaque no título abordado nesta postagem.
No mais, parabéns ao autor (Eduardo Waack), por mais esta obra muito condizente com a nossa real situação como nação, e condizente com o papel a que nós podemos ter (e fazer) como indivíduos em sociedade; além de parabenizar aos patrocinadores que tornaram esta obra possível e realizada – patrocínio é fundamental, sempre –; além de que a sorte também é toda nossa, dos leitores que tem acesso a esta obra, haja em vista a atitude que tal livro exibe (e impõe positivamente – com sugestões sinceras) ao dar noções bem claras daquilo que de fato devemos valorizar na vida e na arte.
Um livro que nos faz refletir no estar no mundo, no ser enquanto viajante do mundo e que se relaciona com os outros e com todas as coisas da natureza.



Referências:

DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos (1902 – 1987). Antologia Poética. Organizado pelo autor. 39° ed. Rio de Janeiro: Record, 1998,
KIERKEGAARD, Soren (1813  1855). O Conceito de Ironia. Tradução de Álvaro Luis Montenegro Valls. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015 [Coleção Folha. Grandes Nomes do Pensamento; Vol. 25].
WAACK, Eduardo. Pessoas & Lugares - Um roteiro histórico, geográfico, sentimental e cultural: quase memórias. Organizado pelo autor. Matão: O Boêmio, 2015.

LINKs:
Revista de Los Jaivas (Eduardo Waack é o editor da versão latina do site): http://brasil.revistadelosjaivas.com/
Blog de Edson Fernando de Souza Sobre O Boêmiowww.mataooboemio.blogspot.com.br

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Toda Poesia Online I

Postagem com duas poesias: uma de Eduardo Waack, e outra de Edson Fernando.
Boa leitura
E obrigado por lerem e compartilharem este blog na web e em suas redes sociais.
Muito Obrigado. Namaste.

° Eduardo WaackAs Flores da Caatinga

Há de surgir um poema
Dera Deus de minhas mãos
Um filho de luz, profundo e puro
Como as flores da caatinga,

Que saiba se defender.
Que tenha cheiro de mato,
De animal selvagem. Um poema despojado
Que liberte o homem de sua descrença.

Que louve o alimento a todos
E que também seja lido. Dádiva
De uma estrela chamada amor,
Fruto de firme organização.

Eu conto as minhas horas,
Enquanto isso crianças morrerão,
Idosos serão humilhados e cretinos
Subirão ao poder.

Há de surgir um poema
Contra qualquer poder opulento, cor
Da terra e sangue, nunca um batom,
Antes uma chaga.
(WAACK, 2015, p.77)


° Edson Fernando: OLHADA TRANSPASSADA

Havia um vazio intransponível
tão extenso e solitário
que era amargo como uma fumaça
densa e aprisionadora
- que nem se quer se mistura ao ar.

Um som com bom tom / tal bom tom como
crateras de matracas encravadas
na ruptura da craque-lação
das ideias sem concepção
natural – suas
e de apelos ao seu lado ‘sentimentalão’.

Uma abstração mais delongada que a sua própria aplicação
E, dotado, uma vivência doada à solidão.

São os ecos que se ouvem em seu coração
que dizem

“Larga mão de tua opressão
vivas o hoje, viva o outro
saias da clausura
e vais, para ganhar as ruas”.

Vou consigo na andança
Olhar por onde anda com
a postura que alavanca –
muito mais – a roda da esperança?

... Percebi o desejo que desertou no outro...

“Há um ponto positivo na crise (crisis):
Ela exibe mais as pessoas
- as expõem a elas mesmas
do modo exato
ou quase (ou praticamente) exato,
e assim, as pessoas têm mais
chances de se conhecerem entre si.”

Tá bom – como não formar união?
Ainda mais em época de crise?
Quando o que mais temos é
a nós mesmos?
E no mais
quer sair da crise? =
crise  -  S (de Sair) =
crie

Faça, refaça – ultrapassa
a crise, a solidão, a raiva,
a falta de concepção
supera a era da abstração
sem finalidade – aptidão
para ser mais do que
os demais acham que você é
pode ser.

E com aquele outro lá,
Aquele que se interessou por você,
- juntos – vocês podem mais
do que simplesmente viver
renegados a abismos de
vaidades e situações passadas - erradas -,

Mais do que os passos seus que se perderam no tempo,
naquela olhada transpassada, foi quando vi a intenção que ali havia,
De Que Um Dia, as coisas seriam como deveriam ser; ser assim
Entre vocês, e mesmo entre as suas relações com os outros no mundo.

Onde apenas seriam permitidos a vocês que se sorrissem e se divertissem. E que
Vivessem em um mundo com muito mais gente vivendo de um modo ainda muito mais contente.
(SOUZA, 2015)

sábado, 11 de abril de 2015

Eu Tive um Sonho


o_boêmio (under) online ______
I had a Dream
Esta Noite Eu Sonhei
·        Que cada família possuía uma horta caseiralocalizada no quintal ou mesmo num pequeno vaso de apartamento. O agrotóxico havia sido banido do planeta e muitos jardins e gramados foram substituídos por plantações de nabo, nirá, inhame, cenoura e cará! A fome estava sendo erradicada e a felicidade era constante.
·        Que todo lixo produzido por residências, comércio, escolas, órgãos púbicos e empresas era separado e reciclado, e que inúmeras pessoas viviam com dignidade realizando a coleta e o comércio deste material, dando-lhes nova vida.
·        Que a palavra lixo havia sido pesada e repensada, e outros nomes surgiram para substituir aquilo que nós humanos julgávamos dejeto. Sinônimos encontrados: desperdício, insensibilidade, fonte de renda extra, espelho de nós mesmos.
·        Que os rios estavam vivos e saudáveis, e a população desfrutava agradáveis horas de lazer, esporte e amizade em águas férteis. As margens reflorestadas eram pontos de encontro de crianças, mocidade, adultos, idosos e extraterrestres...
·        Que as leis de trânsitos eram respeitadas, e que parar  no sinal vermelho, ceder a vez ou dar luz baixa para cruzar outro veículo na estrada eram fatos tão corriqueiros como respirar, dormir ou mastigar. Por isso mesmo tão vitais!
·        Que a verba – sangue e medida do sistema capitalista – dera lugar ao verbo, e que nesta normalização dos valores o comum fosse gratuito, independente, de fácil acesso e necessário. O sofisticado, por ser ilusório, fora abandonado.
·        Que os livros voltaram a ser lidos (os celulares e tablets postos de lado), e, para proveito dos leitores, eram escritos com sinceridade, isentos de modismos, tendências e baixo apelo sensacionalista. As pessoas declamavam poema em plena rua! A preços justos, a informação e cultura evolucionária estavam presentes.
·        Que as queimadas de cana cessaram, e a Amazônia não ardia sob chama criminosa de milhões de mognos. A agricultura sustentável era real e um fato. O Brasil sabia respeitar seu solo, os recursos naturais, campos e florestas.
·        Que os menores abandonados e os cães & gatos sem dono deixaram as ruas e foram obrigados em instituições sérias, os primeiros podendo almejar um futuro melhor, e os segundos deixando de oferecer perigo e transmitir doenças a sociedade, sendo tratados com carinho e respeito. Pela concepção consciente!
·        Que propinodutos (dutos de propina) corruptores & corrompidos, mensalões, petrolão, compra & venda de votos, caudilhos mafiosos, prevaricação e malas cheias de dólares transitando incólumes secretas em território nacional eram imaginação febril de uma mente desvairada. Guerras, miséria, sofrimento, doenças e discriminação não existiam... A solidariedade habitava o coração de cada pessoa.
Esta noite eu sonhei, sonhei, tive um pesadelo e acordei desesperado... Eu havia me transformado na Dilma Rousseff... Tentava me explicar, mas a cada palavra mais eu me enredava. A nação escandalosa percebia-se pobre e podre.
Hoje eu só durmo de pálpebras bem abertas! 
texto do Editor do Boêmio: Eduardo Waack


Ω∞∑¤§¥√≥


FANTASIA
DE: Aparecido Renan Vicente (Estudante de Psicologia, residente em Matão/SP)
Sob Supervisão de: Prof.º Doutora Bruna Grigolli

Melanie Klein começou a trabalhar com psicanálise após profundas crises depressivas. Seu primeiro contato com a técnica psicanalítica foi em sua própria análise, causando-lhe profundo desejo de conhecer mais desta fabulosa teoria. Melanie Klein contribuiu fortemente com seus estudos para o desenvolvimento  da técnica psicanalítica, sobretudo em relação ao trabalho com as crianças. Neste artigo, vamos tratar de uma de suas obras, onde ela descreve sobre o conceito de fantasia e como esta se constitui. Para Melanie Klein, a formação do bebê é uma função do ego, ou seja, da sua própria realidade. Com o passar do tempo, e ao se deparar com a realidade (concreta), o bebê passa a experimentar suas próprias fantasias, que são possíveis a partir de sua  relação com o real. Assim, pode-se afirmar que as fantasias vividas pelos bebês variam de acordo com suas experiências vividas. O mais interessante é que a autora afirma que a possibilidade do bebê fantasiar surge nos primeiros dias de vida! Em sua teoria, Melanie descreve que o bebê pode ter fantasias destruidoras em relação à mãe e seu seio. Uma destas fantasias é a ideia de que o seio possa ser um objeto devorador. Isso acontece porque o bebê não consegue identificar a mãe como uma pessoa, mas a vê como partes do todo. Este conceito foi denominado por Melanie Klein de “objeto parcial”. Assim, a mãe  passa a ser um “seio” que pode ser tanto fonte de alimentação (fonte de prazer), como fonte de privação (fonte de desprazer). Na medida em que o bebê vai se desenvolvendo, torna-se capaz de identificar a mãe como uma totalidade (objeto total). Dessa forma, os estudos de Melanie Klein contribuem para a compreensão do psiquismo do bebê, apontando que para seu desenvolvimento natural é necessário passar por mais experiências boas do que más (sim, você não leu errado). Ao final deste processo de desenvolvimento, o bebê passa a ter uma estrutura psíquica fortalecida, e está pronto para se relacionar com as outras pessoas.






Frases “Insights” do Boêmio, edição nº 302, de 27 de Março de 2015.
“Grande é a poesia, a bondade e as danças, mas o melhor do mundo são as crianças.” Fernando Pessoa.
“Somos todos migrantes. Viemos de longínquas paragens para povoar o planeta. Quem sabe sua verdadeira origem?” – Eduardo Waack
O Boêmio: Cultura Popular Independente e Evolucionária. Intuição | Vontade | Percepção.
“A serenidade da natureza é quem faz a vida linda.” Silvia Maria Rosário Silva




O Boêmio é um jornal impresso de circulação mensal; idealizado, escrito e produzido por Eduardo Waack em Matão/SP (ao qual eu auxilio na divulgação do periódico na web e em empresas aqui da cidade); e que por si só, o jornal já alcança uma boa extensão do Brasil, América latina e Europa; Eduardo Waack ainda escreve e coordena a edição Brasil da Revista de Los Jaivas, além de ter livros publicados - veja mais, ainda nesta postagem, sobre isto - e mantem uma Fan Page no Facebook (jornal o boêmio).  
O fato é que O Boêmio sempre se preocupou com sustentabilidade, meio ambiente, responsabilidade social, governança; ou seja, o Boêmio faz sim sua parte de conscientização sobre a nova mentalidade (e o Novo Mercado, por que não?), e que graças ao Boêmio, muitos não podem alegar ignorância quando da construção da nova realidade, que está aí, já nos bate a porta. Onde: Escassez de recursos hídricos, poluição, seca, altas nos alimentos... - tudo isto é um sinal claro de que o modelo de desenvolvimento que aplicamos ao mundo é totalmente inviável, decadente e inconsequente, e sobre isto o Boêmio sempre nos avisou. Realmente, temos aqui um grande folhetim, um grande conteúdo a nossa frente.
Por que você, que é empresário, comerciante, prestador de serviço; que tem uma mentalidade sustentável como a nossa; por que você não divulga o seu serviço ou produto nas páginas do Boêmio? Por que você não se torna um patrocinador do Jornal O Boêmio? Venha divulgar sua empresa, seu serviço para os leitores e o público em geral deste incrível e fundamental jornal que anuncio - e que a muito alimenta o intelecto, os bons hábitos e a boa postura no mundo. Que é nosso, enquanto vivemos aqui o mundo é concedido a nós; mas nós partiremos e o mundo ficará às futuras gerações.
Abaixo, mais detalhes para entrar em contato.
Muito obrigado pela atenção e por acessar este site. Visite-nos sempre!!





FORTUNA CRÍTICA
Repercussão do Livro de Eduardo Waack:
Os Guerreiros Medievais Têm Medo de Automóvel e Liquidificador

“Acho o seu livro de grande significado prático, pelo equilíbrio atingido entre linguagem, emoção e mensagem, sem dogmatismo, porque não fica em teorias abstratas, mas em ações positivas, diretas, de efetiva cidadania. Espero que seus leitores percebam isso e ponham em suas vidas doses, mesmo que homeopáticas, dessa sua sabedoria evolucionária, porque ‘chama à vida’. Parabéns e sucesso. Eu teria muito mais a dizer sobre os seusGuerreiros Medievais, mas prefiro deixar o meu testemunho sobre a força inspiradora que ele me causou, ao agitar em meu interior a memória de valores pessoais hoje em dia quase que meio esquecidos. O Meu agradecimento por isso.” – Benedicto LUZ e SILVA – São Paulo/SP


“Caro Eduardo. Recebo em minha casa hoje um Viajante. Um Viajante do Tempo de 24 anos passados. Bons tempos era aqueles! Tempo de Boemia quando nasceram os Boêmios. (...) Bons ventos o tragam, que girem nossos moinhos aqui. E que retornem rapidamente como ventos uivantes, até chegarem suave à sua terra natal. Suaves como uma tempestade que se acalma em brisa ao final, purificando o ar. Almejo que a brisa leve frescor na forma de carinhos àquele que o enviou. Almejo, sim, pois almejar é o desejar da alma.” – Marcelo CAVICCHIOLI – Holanda, Amsterdã.



“Eduardo, no seu livro ‘Os Guerreiros Medievais...’ encontramos uma forte crítica ao cotidiano do homem afogado pelo consumo desenfreado, uma inquietação com os caminhos trilhados pela sociedade cada vez menos interessada com a ética, com a convivência pacífica e com o futuro do planeta.” – Sandra MANZI VALÉRIO – Matão/SP






LOS JAIVAS e o SET Soy Soloist – América Pulsante

Los Jaivas é uma banda de música andina, sul-americana, tendo em Eduardo Parra, uma das personalidades integrantes da banda, a representação da força e da vida do povo latino.
Ao ouvir Mira Niñita, não tive dúvidas, eu precisaria compor mais um set (pleonasmo em inglês é isto, pois set já é composição em inglês, compor a composição...) para divulgar ao mundo mais do som e da ideia de Los Jaivas. O set começa com Los Jaivas, depois temos Milton Nascimento, Mário Reis, Bojo, Nadia Ali, Solar Stone – ou seja, Latin Pop, MPB, Som regional do Brasil, mais Club FloorHouse e Trance.
Los Jaivas é ainda um site de cultura, literatura e arte (entre outros temas pontuais) em que Eduardo Waack também atua fortemente.
E ficamos por aqui nesta postagem, ao som do Set Soy Soloist, espero que apreciem.
Até mais. Muito obrigado, por sua atenção.
Comente e nos siga neste blog.









POSTAGEM Baseada na Edição n° 302 d'O Boêmio. Ano 24.
Originalmente publicado em Matão/SP, em 27 de Março de 2015.